11 de fevereiro de 2013

DO FLAGRANTE NA DEODORO À FELICIDADE : NA FOLIA FOFÃO ESQUECE DE USAR A MÁSCARA E SEPARA DA ESPOSA

Conta o anedotário carnavalesco ludovicense o seguinte "causo" : o cantor-compositor AugustoCesar Maia, o "Tampinha" inventou viagem a serviço da  CEMAR-MA, em pleno carnaval no ano 1982.
 
A então esposa Maria Araújo Maia, a "Marizinha" era Secretária do Presidente da Companhia Enegética do Maranhão, o engenheiro recém-formado pela USP Fernando José Macieira Sarney, o "Bomba".
 
"Marizinha" perguntou ao chefe Fernando Sarney sobre a estranha viagem do marido Tampinha. "Fefé" não entregou o amigo e parceiro de boemia, mas também não confirmou a labuta no período momesco, posto que não sabia da armação de "Tampa".
 
O carnaval da decáda de 80, em São Luís resumia-se as festas no Lítero, Jaguarema, Montese Clube de Campo e a Praça Deodoro. Duas bandas apartavam ricos e pobres. A Banda do Baixo Leblon comandada pelo finado Nelson Brito e a do Grafite por Airton Abreu.

Uma base burguesa em frente a casa de Gaguinho, o Ernane Sarney era frequentada pela elite do Jaguarema. Tudo era divisão -da praia do Olho D'Agua ao carnaval existiam espaços de ricos e pobres. Quem fugia disto era chamado de "entrosado". Nêgo Nazaré, o "Urubu Socaite" entre os ricos e Marco Antônio Vieira da Silva, o "Escrava Izaura" entre os negros.

Os destroços do Clube Jaguarema representam para os da época a "Queda da Bastilha", de uma sociedada putrefata, segregadora até nos seus momentos de diversão. Por esta razão os bailes do Lítero que misturavam os ricos com a classe média, eram os preferidos da juventude.
 
Mas voltando ao "causo", no domingo de carnaval "Marizinha" foi com os filhos para a frente da casa de "Gaguinho", o Ernane Sarney. "Tampinha" vestido em um fofão curtia adoidado no mesmo local, mas sem tirar a máscara que lhe permitia o anonimato.
 
"Tampinha" resolveu tirar sarro com a cara de "Marizinha". Sempre de máscara no rosto, "Tampa" aproximava-se de "Marizinha" entre acrobacias e provocações dizia: "Marizinha do bole, bole, do "pescoço" duro// da "buchecha" mole// galo canta o meu "pé" levanta  .

Depois dos versos pornograficos voltava para a "canalha", levantava a máscara e bebia aos borbotões, curtindo com os amigos o espanto da esposa que não o reconhecia vestido e mascarado no fofão. Uma "outra" gostava da molecagem, sempre que "Tampa" levantava a máscara, ganhava "beijo de língua".
 
Em uma das incursões de "Tampinha" até o local onde encontrava-se a esposa "Marizinha", o então Presidente da Câmara Municipal de São Luís, o vereador Manoel Ribeiro levantou a máscara de "Tampinha", sem que ele percebesse a perda do anonimato.
 
"Tampinha", sem máscara repetia os mesmos gestos e provocações diante da esposa, versejando pornográfico- "Marizinha do bole, bole do p. duro// da b. mole// galo canta o meu p. levanta",  sem se dar conta de que não estava mascarado. Paciente "Marizinha" olhou para o marido e repetiu a frase "Eu te conheço Carnaval".

Augusto Cesar Maia, o "Tampinha" e Maria Araújo Maia, a "Marizinha" separaram-se e viveram felizes para sempre, ou melhor até hoje.    
 
 
 
 

3 comentários:

  1. Anônimo17:52

    Seu Cesar Belo, a Banda do Baixo Leblon nunca teve a ver com o Nelson Brito. A Banda, que foi a primeira em São Luís, foi fundada e comandada por Antônio Nelson Farias.

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  2. Anônimo18:37

    César, vc me fez relembrar quanta coisa boa nesta S. Luís que não existe mais, carnaval sem droga, e com um nivel de violencia aceitavel, Tampa,Nazaré,Manoel Galinha, ha quanta saudade dos tempos das vesperais do Lítero na sede do anil, Nonato e seu Conjunto, tocando Mascara Negra, que saudade!!!!!

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  3. Anônimo18:24

    Oi querido amigo, sou Sõnia, lá da Rua do Norte lembra??Quanta saudade das noites lá na porta de casa, bons papos..Comecei procurando por vocês aí de São Luis, hoje moro em Goiania, viajei pelo mundo, mas nada me fez esquecer de SL..me procura face (Sonia Carvalho) um grande abraço..saudades

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